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Atlético Paranaense: Time, história e principais jogadores

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O Atlético Paranaense – ou Club Athletico Paranaense, como surgiu no futebol – é um clube futebolístico brasileiro fundado em 26 de março de 1924 na cidade de Curitiba, Paraná, a partir da fusão entre o América Futebol Clube e o International Foot-Ball Club.

A instituição gaba-se de ser uma das principais (se não a principal) forças da região sul do Brasil, além de chamar a atenção por ter uma das raras torcidas que, segundo consta, ganha jogos “sozinha”, o que faz com que o seu estádio, a “Arena da Baixada”, seja considerado um dos maiores “caldeirões” do país.

As cores tradicionais do Atlético Paranaense são o preto e o vermelho, em listras verticais que tornaram-se inconfundíveis; ou talvez até nem tanto, já que, para muitos, estas cores lembram bastante as do tradicionalíssimo Milan da Itália – porém, nem de longe, com a força da torcida atleticana.

O clube tem como principal rival o Coritiba (também da capital paranaense); no entanto, os anos 2000 trataram de desnivelar bastante essa rivalidade, já que enquanto os coritibanos gabam-se de terem sido os primeiros campeões brasileiros do estado (em 1985), os atleticanos hoje podem gabar-se à vontade do fato de serem os únicos paranaenses a terem conquistado títulos internacionais, com destaque para a Copa Sul-Americana de 2018, conquistada após vitória nos penaltes contra o Junior Barranquilla, da Colômbia, após um suado 1 a 1 no tempo normal.

Além disso, o Atlético Paranaense já levou também o seu Brasileirão para casa; foi em 2001; sem contar o fato de ser o único paranaense a conquistar uma Copa do Brasil, possuir em seu currículo uma final da Taça Libertadores (2005) e ter sido o primeiro paranaense a disputar a quase mítica Taça Brasil, lá no distante ano de 1959.

Um pouco mais sobre a história do Atlético Paranaense

O Atlético é considerado o único clube a tornar-se “um dos grandes” do futebol brasileiro após a virada do séc. XX para o séc. XXI. Ele é um desses cases de sucesso nesse universo futebolístico tupiniquim, em especial devido ao fato de que antes de 2002 era apenas e tão somente um mero coadjuvante nos campeonatos nacionais, mas a partir dali erguido à condição de um dos protagonistas no Brasil, e ainda conseguindo a façanha de produzir toda uma mística em torno dos jogos na sua “Arena da Baixada”, local para onde os adversários vão quase sem nenhuma esperança de vitória, independentemente do seu peso e tradição dentro do futebol.

Ainda sobre as origens do “Furacão”, como o clube também é “modestamente” conhecido, consta que a sua fundação foi uma iniciativa de Joaquim Américo Guimarães (o nome oficial da Arena da Baixada), um próspero usineiro nascido na cidade de Paranaguá em 1879, e que, ao criar o Internacional Foot-Ball Club (em 1912), não sabia que estava criando, na verdade, o embrião daquele que seria um dos maiores clubes do Brasil.

Mas a criação do Atlético Paranaense só se tornaria possível após a criação de um outro clube tradicional na cidade de Curitiba, o América Futebol Clube, criado em 2017 para ser um rival à altura dos “alvinegros” do Internacional.

Ao Atlético Paranaense o América emprestou as cores branca e vermelha; e, ao final, em 1924, o então “Club Athletico Paranaense” era finalmente criado. E a primeira partida foi em um jogo amistoso contra o Universal FC, no dia 6 de abril, a qual o Atlético venceu por 4 a 2, com destaque para Marreco e Ari e Malello, que marcaram os gols da partida.

Mas o clube só entrou em campo oficialmente mesmo foi no dia 18 de maio daquele mesmo ano, em uma partida contra o Campo Alegre pelo Campeonato Paranaense, dessa vez vencida por 4 a 1, com mais um show de Marreco, que dessa vez deu duas boas “bicadas” contra a meta do goleiro campo-alegrense, e ainda novamente com o auxílio de Ari e Motta, para finalizar a partida com uma goleada que marcaria a estreia de fato do Atlético Paranaense nos gramados brasileiros.

Os anos 2000

A história do Atlético Paranaense pode ser resumida em “antes e depois de 2001”. No entanto, para boa parte da sua torcida, é o ano de 1995 que marca a virada do clube no futebol brasileiro, já que aquele ano marca o lançamento do “Atlético Total”, um projeto audacioso que tinha apenas e tão somente o modesto objetivo de transformar o clube em um dos “grandes” do futebol brasileiro em não mais do que 10 anos.

A meta exigiu um pouco mais de tempo, mas já em 1995 o Furacão sagrava-se campeão da série B em cima do seu maior rival, o Curitiba, e passava à prateleira de cima do futebol brasileiro tendo nas mãos o projeto de construir, em pouquíssimo tempo, o mais moderno e bem equipado estádio da América Latina; o que se concretizou em 24 de junho de 1999, com a construção da Arena da Baixada, que mais tarde tornar-se-ia um dos caldeirões mais efervescentes do futebol Sul-Americano.

Mas eis que surge o ano de 2001 na história do clube! O Atlético Paranaense finalmente sagrava-se campeão brasileiro, em uma campanha que culminou com duas vitórias sobre a outra surpresa naquele ano, o discreto time do São Caetano, que não conseguiu, nem de longe, fazer frente a um “furacão” que surgia não se sabia ao certo de onde, e que com duas vitórias nas finais (4 a 2 e 0 a 1) entrava de vez para o seleto grupo dos maiores campeões do futebol nacional.

Atlético Paranaense jogos

Atlético Paranaense Jogos: os principais títulos

Como vimos, o Club Athletico Paranaense gaba-se de ser o maior campeão internacional da região sul do país. Após o inusitado título do Campeonato Brasileiro de 2001, sucedido por um vice em 2004 (com direito a um recorde de 34 gols do artilheiro Washington), foi a vez do clube ensaiar voos mais altos em gramados internacionais.

E esse voo até que foi bastante alto, já que tornou-se vice-campeão da Taça Libertadores da América em 2005 numa final contra o poderoso São Paulo de Rogério Ceni e companhia – que ainda terminaria como campeão do mundo ao bater o Liverpool na final do Mundial de Clubes daquele ano.

A partida contra o São Paulo, como não poderia ter sido diferente, foi marcada por inúmeras polêmicas e controvérsias; e a maior delas ficou por conta do estádio Arena da Baixada, impedido de receber as partidas da decisão por não ter à época a capacidade exigida pela CONMEBOL (40 mil lugares). A organizadora do evento preferiu levar a primeira partida da decisão (com mando do Atlético Paranaense) para o Estádio Beira-Rio, do Internacional de Porto Alegre.

E o resultado? Um magro empate por 1 a 1, sucedido por um indiscutível 4 a 0 do São Paulo na segunda partida (no Estádio Morumbi), e que puseram fim ao sonho da tão desejada conquista internacional do Atlético Paranaense, que a veria adiada por ainda um bom tempo, até que o ano de 2018 chegasse para escrever um novo e mais emocionante capítulo dessa singular história do clube.

Atlético Paranaense Jogos: Campeão da Copa Sul-Americana de 2018

E eis que esse dia finalmente chegou! O Club Athletico Paranaense finalmente conquistava o seu título internacional. E a vítima responsável por ajudar o clube a finalmente soltar o grito de campeão internacional preso na garganta foi o time colombiano Junior Barranquilla, que trazia destaques como o meia-atacante Luiz Díaz, o ponta-direita Chará, o meia-ofensivo Sebastián Hernádez, entre vários outros.

Sobre a campanha do Furacão, o que se pode dizer é que ela foi irretocável, com um total de 8 vitórias, 2 derrotas e 2 empates.

Foram cerca de 72% de aproveitamento, com destaque para o comando do técnico Tiago Nunes, que se tornaria a grande revelação entre os treinadores brasileiros naquele ano, além do artilheiro Pablo, Nikão, Raphael Veiga, Renan Lodi, Bruno Guimarães, Rony, Leo Pereira, Marcinho, entre outros craques que constituíram talvez o elenco mais talentoso da história do clube.

Dentre os momentos mais marcantes da disputa, destacou-se a eliminação do perigoso Newell’s Old Boys (o “berço de Leonel Messi), do Peñarol do Uruguai, além das sempre difíceis partidas entre brasileiros, quando eliminou Fluminense e Bahia, para no final bater o Junior Barranquilla por 4 a 3 nos penaltes e sagrar-se campeão da Copa Sul-Americana após um disputado empate por 1 a 1 no tempo normal.

No total, o Atlético Paranaense possui 26 campeonatos paranaenses, 1 Copa Sul-Americana, 1 Levain Cup/CONMEBOL, 1 Campeonato Brasileiro, 1 Copa do Brasil (2019), 6 Torneios Inícios (1936, 1947, 1955, 1958, 1987 e 1988), 2 Copas Paraná (1998 e 2003), entre outros títulos de menor envergadura.

E para a conquista desses e de outros títulos, o Furacão contou com a ajuda providencial de alguns dos principais craques da sua história, entre eles, o zagueiro Adilson, o atacante Alex Mineiro, o atacante Dagoberto, o volante Bruno Guimarães, o lateral-direito Djalma Santos, o volante Fernandinho, o meia-armador Jadson, o meio-campista Paulo Baier, Washington (o “Coração Valente”), entre diversos outros jogadores cada um com a sua importância e contribuição ao longo da história do Club Athletico Paranaense.

A “torcida que ganha jogo”

Algo que se tornou lendário na história do Atlético Paranaense é a fama que tem a sua torcida de atuar quase que “literalmente” como um 12º jogador em campo, empurrando a equipe como poucas, a ponto de impressionar até mesmo os times adversários que têm a infelicidade de “cair” no “alçapão” da Arena da Baixada.

De acordo com os mais recentes números do Datafolha, o Atlético Paranaense já possui a maior torcida do estado, em um total de quase 1,3 milhão de torcedores. Ela deixa para atrás, bem atrás mesmo, o Curitiba, que não ultrapassa os 400 mil torcedores no âmbito estadual.

A história nos conta que tudo isso começou com a fundação da torcida “Os Fanáticos” no dia 24 de outubro de 1977. E já em seu primeiro jogo, contra o Brasília, dava uma pequena amostra do que seria capaz de fazer nas arquibancadas.

Mais tarde, após ver as demais torcidas organizadas simplesmente desaparecerem, como se por um objetivo de mantê-la como soberana nas arquibancadas, os Fanáticos tornaram-se a maior torcida organizada do Brasil à época, com mais de 25 mil apaixonados capazes de incentivar a sua equipe como poucas torcidas no país.

Auxiliada por um “caldeirão”, a Arena da Baixada, com as suas arquibancadas estrategicamente construídas bem próximas do gramado, a torcida do Atlético Paranaense faz verdadeiras exibições de incentivo ao clube, chegando ao ponto de ter o seu estádio apelidado por alguns como a “La Bombonera atleticana”, em uma alusão ao famoso território hostil que transformou-se o estádio do Boca Juniors na Argentina, um dos mais emblemáticos estádios de futebol do mundo.

De acordo com estudiosos do futebol paranaense, o marco inicial da trajetória da torcida atleticana foi o ano de 1995, quando o clube, em pleno Estádio Couto Pereira, foi simplesmente massacrado pelo Coritiba, em um sonoro 5 a 1 que não deixaram dúvidas sobre a superioridade inquestionável dos “coxa branca” à época.

Mas o problema foi que, mesmo aplicando essa sonora goleada, o que mais chamou a atenção de todos – inclusive dos jogadores do Curitiba – foram os gritos e cânticos de apoio da torcida ao Atlético Paranaense; fato esse poucas vezes visto em uma partida que desenrolava-se daquela maneira, sem mais qualquer razão para tal manifestação de amor e incentivo.

A partir daquele dia, a torcida do Atlético Paranaense passou a ser apelidada, definitivamente, de “a torcida que ganha jogo”, em referência a uma característica das mais impressionantes, e que é a de ser capaz de fazer história como poucas já ousaram fazer ao longo dessa trajetória do futebol brasileiro.

escalação Atlético Paranaense
A torcida do Atlético Paranaense é uma das mais apaixonadas do Brasil.

O Estádio Arena da Baixada

O estádio Arena da Baixada é a “menina dos olhos” do Club Athletico Paranaense. É lá que o clube manda os seus jogos, em um estádio considerado um dos mais modernos da América Latina, com capacidade para mais de 42 mil torcedores, incrustrado em plena cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná.

Como se não bastasse o fato de abrigar uma das torcidas mais apaixonadas do Brasil, o estádio também foi o primeiro, entre os grandes, a adotar a grama sintética, o que acabou por conceder um outro diferencial ao clube, já que passou a contar com uma vantagem, e tanto, nos jogos disputados em seus domínios.

Outra curiosidade a respeito da história do Atlético Paranaense diz respeito ao fato de que, entre 2005 e 2008, o nome do Arena da Baixada era oficialmente “Kyocera Arena”, uma espécie de “naming rights” explorado pela empresa japonesa de componentes eletrônicos de mesmo nome, e que durante esse período deteve o direito de explorar o estádio comercialmente, estampar a sua marca na camisa do clube, dar o nome ao estádio; e tudo isso pelo valor, considerado à época insignificante, de US$1 milhão de reais; o que, segundo os representantes do Atlético, inviabilizou totalmente a renovação do contrato.

O estádio Arena da Baixada está localizado no bairro da Água Verde, bem perto do centro da cidade. E a sua história começa na verdade no ano de 1914, quando o então usineiro Joaquim Américo Guimarães, presidente de um dos clubes que deu origem ao Club Athletico Paranaense, decidiu construir o “Estádio Baixada da Água Verde”, que 10 anos depois tornar-se-ia o estádio oficial do Atlético Paranaense, como uma herança muito bem vinda, e com a qual o clube deu início à sua trajetória com uma excelente vantagem competitiva em relação aos demais clubes do estado.

Foi somente em 1934 que esse Estádio da Baixada ganhou o nome do seu fundador; e foi no ano de 1997 que ele passou pela 1ª fase da sua incrível transformação revolucionária; quando finalmente transformou-se na primeira arena do futebol brasileiro em 20 de junho de 1999, a um custo total de mais de US$30 milhões de dólares, que resultaram, à época, no erguimento do estádio mais moderno da América Latina.

Clube Atlético Paranaense

Clube Atlético Paranaense: Principais curiosidades

1. O estádio mais moderno da América Latina

Até o ano de 2007 a Arena da Baixada foi o estádio mais moderno da América Latina. E algumas das razões para isso são o fato de que ele foi o primeiro a utilizar a tecnologia do teto retrátil e a grama sintética; sem contar o acesso ao estádio todo feito com ajuda de biometria, a conexão com a base de dados da polícia militar do estado do Paraná, além de cumprir as mais modernas recomendações da FIFA com relação ao acesso de indivíduos com mobilidade reduzida – e tudo isso antes mesmo de adentrarmos no séc.XXI!

2. A “torcida que ganha jogo”

Como dissemos, o maior patrimônio do Atlético Paranaense é a sua torcida. Dela faz parte aquela que hoje é considerada uma das 10 maiores torcidas organizadas do Brasil: “Os Fanáticos”; uma verdadeira comunidade como mais de 25 mil membros; e que nos jogos fazem mais, bem mais, do que simplesmente tocar, cantar ou vaiar a torcida adversária; eles possuem todo um gestual corporal que, para muitos, atua como uma forma silenciosa de comunicação direta e quase mística com os jogadores e demais torcedores presentes no estádio, a ponto de, não poucas vezes, os jogadores explicarem essa ou aquela vitória afirmando que foram simplesmente o resultado do apoio da torcida.

3. Criatividade contra as condições climáticas

A adoção da grama sintética no estádio do Atlético Paranaense não foi, diferentemente do que muitos possam imaginar, o resultado do desejo de simplesmente inovar em tecnologia para a construção desse espaço.

Na verdade essa foi uma necessidade! Diversos estudos realizados à época da sua construção demonstraram que as características do solo onde o estádio está fincado, o clima da região e o seu formato estrutural, não permitem o crescimento de uma grama de qualidade no local.

E a solução? Simples. Por que não utilizar gramas sintéticas no lugar das tradicionais? Pois bem, estava sendo solucionado ali definitivamente o problema; e, de quebra, o clube ainda acrescentava mais modernidade à sua estrutura, como um dos grandes exemplos de como a necessidade pode produzir verdadeiros milagres em todo e qualquer segmento da atividade humana.

4. O apelido de “Furacão”

Outro fato que poucos conhecem acerca da história do Atlético Paranaense diz respeito a esse seu apelido de “Furacão” que ele adquiriu.

A maioria acredita que isso seria coisa recente, fruto dessa virada de 180 graus da instituição no início dos anos 2000.

Nada disso! Essa história vem de longe, de muito longe! Esse apelido, segundo consta, lhe foi dado no ano de 1949; isso mesmo, 1949!

Após a contagem de 10 vitórias em 12 jogos no Campeonato Paranaense daquele ano – com direito até mesmo a um 5 a 2 no já forte time do Curitiba, para culminar com o título de campeão estadual –, o clube recebeu o vigoroso apelido de “Tufão”, posteriormente transmudado para “Furacão”, o que tornou-se uma das marcas do time e uma dessas inúmeras curiosidades da história do futebol brasileiro.

5. O vaqueiro…goleiro Tapyr

Uma dos fatos mais curiosos acerca da história do Atlético Paranaense diz respeito à saga do clube para conseguir um goleiro que defendesse as cores do time no Campeonato Paranaense de 1925.

Com a doença do até então titular absoluto, o goleiro Tércio, consta que a solução encontrada pelos dirigentes foi pedir a ajuda do goleiro que defendeu o clube no primeiro ano da sua fundação, mas que havia encerrado a sua carreira para tornar-se vaqueiro.

Isso mesmo, o vaqueiro Tapyr!

Ele foi chamado às pressas para defender a meta do rubro-negro paranaense; uma missão que, obviamente, não poderia, de forma alguma, ser recusada pelo valente atleta…ou melhor, vaqueiro.

Mas com o que o valente Tapyr não contava era com uma arriscada travessia do rio Guaraúna na qual quase perdera a vida em um afogamento; mas para sair de lá são e salvo; e pronto para ajudar o time a vencer o Savoia por 3 a 1, em outra dessas inacreditáveis histórias que só podem sair mesmo é dessa sempre inusitada trajetória do futebol brasileiro até os nossos dias.

6. A partida de 8 minutos

Como curiosidades e excentricidades é o que não faltam na história do futebol brasileiro, como pudemos perceber até aqui, que tal essa outra, ocorrida no ano de 1946, e que trata da partida entre Atlético Paranaense e Curitiba, que não durou mais do que 8 minutos devido a uma terrível agressão cometida pelo ponta-esquerda Cireno, do Atlético.

De acordo com os relatos oficiais da época, mal o jogo havia começado, Cireno não pensou duas vezes e teve a ousadia de, na frente de todos os que estavam presentes em campo, e inclusive do juiz da partida, simplesmente arrancar, eu disse arrancar, a peruca do goleiro Belo do Curitiba, em pleno estádio da Baixada, diante de uma multidão perplexa e boquiaberta com o que estavam presenciando.

Isso mesmo! O goleiro do Curitiba havia sido pego de jeito!

E o resultado, obviamente, não poderia ter sido diferente: a expulsão do goleiro coritibano, que certamente reagiu à altura ao ataque sofrido, o que resultou em uma confusão generalizada, e o término da partida com não mais do que 8 minutos de iniciada!

Entre os mais indignados estava o goleiro, revoltado com a não expulsão de jogadores do rubro-negro; o que acabou eternizando-se como outra dessas incríveis curiosidades que o futebol brasileiro não se cansa de produzir aos montes; e que teve na trajetória do Atlético Paranaense (ou na do infeliz Cireno) um dos seus episódios mais controversos, e sem dúvida dos mais inusitados, de que já se teve notícia em qualquer parte do mundo.

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