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B3: o que é, história e como investir

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O ato de investir vem crescendo gradativamente entre os brasileiros. Investir é o melhor modo de multiplicar a renda, e transformar o pouco em algo melhor e mais palpável, e o muito em algo extraordinariamente maior. E a bolsa de valores é uma boa opção para quem quer realizar bons investimentos. Por isso é importante conhecer mais sobre o B3.

O que é B3

O B3 é a bolsa de valores do Brasil. É o local onde são realizados a compra e a venda de ações de empresas, dentre outros ativos. Sua sede é na cidade de São Paulo.

É a maior bolsa de valores da América Latina, e a nona maior bolsa do mundo.

O termo B3 é na verdade B elevado ao cubo, isto é, , e significa Brazil, Bolsa e Balcão, fazendo referência a própria bolsa de valores brasileira.

A bolsa funciona como um agente mediador entre empresa, que quer vender ações, e as pessoas interessadas em comprar ações.

E também entre as pessoas que já adquiriram as ações, mas que decidem vendê-las, e os novos compradores.

Esse ato realizado pelas empresas, de vender parte de suas ações, chama-se abrir o capital, com uma Oferta Pública Inicial (IPO).

É um recurso utilizado pelas empresas, quando há a necessidade de captar recursos financeiros.

O que ocorre é que é difícil uma grande empresa sobreviver sozinha no mercado por muito tempo, enfrentando todos os recessos e crises econômicas.

Além do mais, há a necessidade de levantar muitos recursos para alavancar o crescimento, isto é, angariar fundos para realizar novos investimentos e crescer ainda mais.

E uma solução encontrada é a abertura do capital, pois esse método permite que a corporação capte dinheiro através de sua própria estrutura.

Desse modo, quando há a necessidade, a empresa realiza a venda de parte de suas ações e levanta o capital necessário.

Aqui, é importante se conhecer também os chamados acionistas majoritários, que são as pessoas que detêm o controle de uma empresas, por possuírem a maior porcentagem de ações da mesma.

Dessa forma, as empresas podem vender uma grande porcentagem de ações para pessoas diferentes, e continuar sendo o controlador, desde que possua a maior porcentagem em ações.

Um bom exemplo é uma das maiores empresas do mundo na atualidade, a Amazon, que atua na área de e-commerce/varejo online.

Jeff Bezos fundou a empresa no ano de 1994 e abriu o capital da empresa ainda em 1997.

Atualmente, o fundador possui uma média de apenas 10% das ações da empresa, ainda assim, é considerado dono, por ser acionista majoritário.

No Brasil, a B3 intermedia a negociação envolvendo grandes marcas, que resolvem abrir seu capital.

História do B3

B3 é um nome bem atual, de 2017, mas a história da empresa data de bem antes disso, muito antes de ao menos se pensar na internet.

Quando se iniciou o comércio de ações de empresas aqui no Brasil, tudo era feito manualmente, e as ações eram representadas pelas chamadas custódias.

As custódias eram como certificados, um papel que representava a ação de uma empresa. 

Quando uma pessoa se decidia a vender uma ação ou realizar a compra de uma, eles se dirigiam a locais de negociação e vendiam negociavam a compra/venda da ação, entregando a custódia para o comprador e recebendo o dinheiro como retorno.

O mercado foi evoluindo, e a maneira de negociar também. A fundação do B3, pode ser atribuída a Emílio Rangel Pestana, no ano de 1890, nesse período seu nome original era Bolsa Livre.

Fechou apenas 1 ano depois de sua criação, e retornou em 1895, como Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo. E em 1935 passou a se chamar de Bolsa Oficial de Valores de São Paulo ou BOVESPA.

Nesse período haviam diversas bolsas, mas que foram se extinguindo com o passar do tempo, dentre as principais estavam a bolsa de São Paulo e a do Rio de Janeiro.

A maior delas, era a do estado do Rio de Janeiro, porém, uma forte crise na área, na década de 70, interferiu nesse ranking, e a bolsa de São Paulo se tornou maior.

No início do século, houve um processo de junção das nove bolsas que ainda existiam. 

A bolsa do estado de São Paulo, chamada de BOVESPA ficou encarregada do mercado de ações, já a bolsa do Rio ficou responsável pelo mercado de títulos.

Há uma boa diferença entre estes termos. A saber:

ações: são partes da empresa. Desse modo, ao comprar uma ação, a pessoa se torna dona de parte da corporação a que se refere a ação. Com isso, ela compartilhará dos lucros, mas também prejuízos da empresa.

títulos: são dívidas da corporação. Desse modo, funciona como um empréstimo realizado, onde são cobrados juros. Esses empréstimos têm um período para retornar, e não dependem do lucro ou prejuízo da empresa. Simplesmente é emprestado um valor a juros, que tem uma data definida para voltar.

Em 2002 a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro foi incorporada pela BM & F.

Outro marco importante foi a fusão da Bovespa com a BM & F, ocorrida no ano de 2008.

Desse modo, pode-se considerar que a bolsa do rio está contida dentro da bolsa de São Paulo.

A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F) era uma bolsa de comércio, criada por bancos, corretoras de valores e empresas, para negociar contratos de mercadorias.

A junção formou a BM & F BOVESPA, uma das maiores bolsas do planeta no período da fusão.

Já no ano de 2017, finalmente surgiu a nomenclatura B3, vinda da junção da BM & F BOVESPA e da CETIP, o que na época era a 5º maior bolsa do mundo.

A CETIP era a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos, uma sociedade civil que não possui fins lucrativos, e que se tornou uma empresa de capital aberto e uma importante instituição brasileira.

Uma das atribuições da CETIP é a realização do cálculo do Certificado de Depósito Interbancário, conhecido como CDI, que é um grande indicador do mercado, e está relacionado aos empréstimos realizados entre os bancos.

Algo interessante é que, quando ainda era se chamava Bovespa, foi realizada a abertura de capital da mesma.

Isso ocorreu no ano de 2007, antes da fusão com a BM & F. Desse modo é possível comprar ações da bolsa de valores, dentro da próprio bolsa de valores.

Diferença entre B3, BOVESPA e IBOVESPA

B3 – é o nome atual da bolsa de valores do Brasil, como já dito, significa Brasil, bolsa e Balcão e é uma junção da Bovespa, da BM & F, e da CETIP.

É o local onde são negociadas as ações de empresas e de outros ativos.

Entre as grandes empresas listadas na B3, pode-se considerar a Petrobrás, o Magazine Luiza, Lojas Americanas, o Banco Itaú, a Ambev, a Vale, o Banco Bradesco, e o Banco do Brasil.

BOVESPA – é o nome da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo, atual B3, que também como já dito, se juntou com as bolsas existentes e se tornou uma bolsa nacional.

É um nome muito popular e conhecido entre os brasileiros, pois é o nome do principal índice do mercado do Brasil, chamado de Ibovespa.

IBOVESPA – é o principal índice relacionado ao mercado brasileiro, e significa Índice da Bolsa de Valores de São Paulo.

O índice é calculado baseado no valor das ações das maiores empresas listadas no B3.

A oscilação do Ibovespa, para maior ou para menor, significa a valorização ou desvalorização, respectivamente, do valor das ações das empresas listadas.

Como investir no B3

Para investir no mercado de ações do Brasil, não é possível realizar a operação diretamente, sendo necessária uma intermediação entre o investidor individual e a Bolsa de valores.

A verdade é que a Bolsa de valores é algo extremamente importante, e que mexe com toda a estrutura do país, para ser operada diretamente e livremente por toda a população.

Então o que ocorre é que quem opera na bolsa são as chamadas corretoras. Desse modo, caso qualquer pessoa queira investir no mercado de ações, ela deve primeiro procurar uma corretora, que será a responsável por realizar a operação.

As corretoras de valores fazem o papel de intermediação entre o investidor e o mercado e os ativos. Atualmente, algumas das melhores corretoras existentes são:

ModalMais – A empresa pertence ao banco Modal, e já possui mais de 25 anos de atuação no mercado financeiro.

É uma corretora atrativa pois possui muitos produtos financeiros para investir, e uma baixa taxa de corretagem.

Para abrir uma conta na empresa não são cobradas taxas, assim como em relação a custódia, isto é, quando é realizada uma operação de compra ou venda de ação, em nome do cliente, não há taxas sobre isso, e nem sobre a manutenção de conta.

Para ações e opções a taxa de corretagem fixa fica a partir de 0,99 reais. Não há exigência de um valor mínimo para depositar.

Para trabalhar com a conta margem, isto é, usar o dinheiro da corretora, há a taxa de 4% ao mês.

Em operações Day Trade, há uma alavancagem de até 50 vezes, ou seja, é possível pegar até 50 vezes mais do que a pessoa possui para realizar a operação.

A corretora utiliza diversas plataformas, algumas pagas e outras não. Entre as gratuitas estão a Meta Trader 5 DMA4; a Protrader Web; Modal Investidor.

E entre as pagas, estão Tryd Trader + DMA 2; a Protrader + DMA 2; e o Simulador Profit.

Já os planos da corretora, variam de zero a 150 reais por mês. São 5 planos, dois gratuitos e 1 plano de 20 reais, 1 plano de 90 reais e 1 plano de 150 reais.

A empresa possui mais de 1 milhão de clientes, e em relação aos fundos de investimentos são mais de 560 opções.

BTG Pactual digital – A empresa foi fundada em 1983 e é o maior banco de investimentos da América Latina.

A abertura de conta é gratuita, assim como as taxas de manutenção, que é zero. Também não há taxas de transferência nem de custódia.

Para investir na renda fixa não há nenhuma taxa. Para o tesouro direto a corretora também não cobra nada, o que há são as taxas de custódia do próprio B3, aplicado pela bolsa de valores em todos os investimentos do tesouro direto.

Os fundos de investimento são similares ao tesouro direto, sem cobrança por parte da BTG, apenas do próprio fundo.

Para realizar as operações dentro da plataforma, a corretora cobra a chamada taxa de corretagem, que é baseada na quantidade de operações feitas.

Desse modo, se uma pessoa realizar de 1 a 10 ordens dentro de um mês, isto é, pedidos de compra ou venda, será cobrado 4,50 reais por cada ordem.

Quanto mais ordem, mais barato será a taxa, que no caso de mais de 500 ordens sairá por apenas 0,25 reais cada uma delas.

XP Investimentos – a corretora possui mais de 19 anos de existência, e pertence a XP inc. que possui outras duas corretoras, a Rico e a Clear.

A empresa possui mais de 2,3 milhões de clientes ativos e mais de 436 bilhões de reais sobre custódia. Sendo desse modo a maior corretora do Brasil. 

Para investir em renda fixa, não há taxas de cobrança, assim como para a abertura e manutenção da conta.

Quanto a taxa de corretagem, em relação às ações e opções, se forem DayTrade, isto é, operações realizadas com o início e o fim no mesmo dia, e forem ordens de até 10 mil reais, são cobrados 8 reais por ordem.

Para ordens DayTrade entre 10 mil e 25 mil reais são cobrados 10 reais por ordem; para ordens DayTrade acima de 25 mil reais, são cobrados 12 reais por ordem.

Já para operações de SwingTrade, que são as realizadas envolvendo mais de 1 dia, as ordens relativas às ações e opções são cobrados 18,90 reais por ordem.

A corretora possui diversas plataformas de operações, sendo grande parte delas gratuita.

Leia também: Bovespa: Cotação e ações rentáveis para investir

Investimentos B3

Depois de procurar e escolher uma corretora, é preciso conhecer as opções de investimentos dentro da bolsa de valores.

Investir, de uma forma geral, têm ganhado um novo olhar no Brasil. Na bolsa de valores, o número, apesar de ter crescido bastante nos últimos anos, ainda é uma parcela muito pequena da população que investe.

Nos Estados Unidos da América, por exemplo, a grande parte da população realiza investimentos na bolsa, aqui, varia entre 2 e 3 por cento do total de habitantes.

Mas o cenário vem evoluindo e é provável o aumento gradativo no número de pessoas que passarão a investir nesse mercado.

Ações

As ações são pequenas partes da empresa. Desse modo, ao comprar uma ação, a pessoa se torna dona de parte da corporação a que se refere a ação. Com isso, ela compartilhará dos lucros, mas também prejuízos da empresa.

A empresa resolve abrir suas ações, como fonte de obtenção de financiamentos, desse modo, as pessoas que realizam a compra da ação, se tornam sócias da empresa.

Essa venda pode ser como IPO, que é a oferta inicial, onde as ações são compradas da própria empresa, e também ações secundárias.

As ações secundárias são quando a empresa que realizou a venda não tem mais interesse em distribuir mais ações pertencentes a ela, mas há no mercado aquelas que já foram vendidas.

Então uma pessoa que realizou uma compra, espera um tempo, até observar a oportunidade de obter lucro, e realiza a venda dessa ação, de forma secundária, pois já não é mais a empresa em si, mas sim um acionista minoritário que está realizando a venda.

Minicontratos

Os minicontratos são outro tipo de ativo financeiro, assim como as ações, que são as menores partes de uma empresa, eles são as menores partes do índice futuro, relativos ao Ibovespa.

Como o Ibovespa é um índice, e não uma ação ou um ativo, foi criado um meio de se negociar esse índice, que são os chamados contratos.

Os contratos equivalem ao total de pontos da bolsa, e cada ponto dela equivale a um real.

Desse modo, se o Ibovespa está medindo 100 mil pontos, o valor do contrato é de 100 mil reais.

Os investidores realizam a compra deste contrato em sua totalidade, o que é um valor alto.

Felizmente as corretoras oferecem a chamada alavancagem, isto é, uma multiplicação relativamente alta em relação ao valor que o investidor quer submeter.

Então com a alavancagem é possível realizar a compra deste contrato, mesmo possuindo pouco dinheiro em caixa, algo em torno de 2 ou 3 dígitos.

Mas de todo modo, foram criadas partes menores deste contrato, os chamados minicontratos, que equivalem a 5º parte do valor total, como por exemplo o mini-índice e o mini-dólar.

Desse modo, se um contrato vale 100 mil reais, um minicontrato irá valer 20 mil, que com a alavancagem, pode sair por um preço de investimento bem inferior.

Opções

O mercado de opções se refere ao direito de comprar ou vender uma ação no futuro.

Ex: Caso alguém queira vender um terreno no valor de 50 mil reais, e alguém tenha o interesse de realizar a compra deste terreno, por que quer construir um prédio no local, ou acha que ele irá se valorizar e valer 60 mil, porém ainda não possui o dinheiro em mãos.

Nesse caso, a pessoa interessada propõe o prêmio de 2 mil reais, para ter o direito de compra do terreno 6 meses depois, quando ele terá juntado o dinheiro necessário, e dará os 50 mil para o vendedor.

Desse modo, caso o acordo seja aceito, terá dois cenários. O primeiro é o de, passados 6 meses, realmente ocorrer a valorização do terreno, e o comprador consegue juntar o dinheiro e efetuar o pagamento, gastando no total 52 mil reais, em algo que ele acredita valer 60 mil.

Ou o terreno não se valoriza, ou até mesmo cai o valor, e o comprador não tem mais a intenção de construir um prédio no local, desistindo desse modo de efetuar a compra.

Assim, o dono do terreno ficará com o prêmio de 2 mil reais, pagos no início da negociação, e poderá negociar o terreno com outro comprador.

No mercado de ações é realizado o mesmo tipo de operação exemplificada, onde são estabelecidos preços fixos para uma transação futura, que pode se concretizar ou não, mas o vendedor ficará com o prêmio caso o comprador desista.

Leia também: Hering: Como comprar, cupom de desconto e lojas

Fundos de Investimentos

Fundos de investimento são investimentos coletivos, isto é, utilizam recursos de diversas pessoas, é que são operadas por um profissional, o gestor. 

Então muitas pessoas investem com um mesmo fundo e dividem o lucro entre si, de acordo com suas cotas, que são as proporções do valor investido individualmente.

Os investidores em si não operam nada, pois há um profissional qualificado realizando todo o trabalho.

Obviamente que esse trabalho de operação é remunerado, então o operador recebe comissões pelos serviços prestados.

No B3 há, por exemplo, o fundo de investimento em ações, chamado de FIA, e o fundo de investimentos em participações, chamado de FIP.

Mercado futuro

São referentes a negociações feitas para o futuro, com a negociação de contratos futuros.

Dentre os contratos futuros mais conhecidos estão os relativos a atividades agrícolas, como o café, o milho, o boi gordo, etc.

Há um compromisso firmado entre comprador e vendedor em relação ao preço de um produto futuramente.

No mercado futuro ocorrem ajustes diários. E esse mercado pode ser considerado mais arriscado do que o próprio mercado de ações, pelo fato de ser mais difícil prever o valor de um produto em tempo posterior.

Os contratos firmados podem ser vendidos para outras pessoas, e isso torna o mercado futuro bastante atrativo.

Na verdade há uma grande movimentação nesta área, então, caso seja necessário, os contratos são vendidos rapidamente.

Desse modo, investir na bolsa de valores é algo bastante atrativo e pode ser realizado tanto por iniciantes, de forma mais cautelosa, quanto por pessoas mais experientes, de maneira mais arriscada, visando mais lucro.

Leia também: iBovespa: O que é, como funciona e como investir corretamente

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