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Jornal Extra: Conheça as curiosidades sobre o jornal

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Um dos veículos de imprensa mais conhecidos e respeitados do Brasil, o jornal Extra faz parte da rotina da segunda maior cidade do nosso país, o Rio de Janeiro.

Operado pelo Infoglobo, um dos braços das Organizações Globo, é uma alternativa a quem não prefere a linguagem mais formal do jornal-mãe, o jornal O Globo.

Muitas pessoas fora do eixo do Rio não conhecem o periódico mais popular da cidade. Hoje, vamos apresentar mais curiosidades sobre o jornal para quando for visitar a cidade maravilhosa, entenda tudo sobre o sotaque do Rio no jornal.

O desafio do jornal impresso

A história do jornalismo impresso no Brasil se destaca por aspectos sociais inerentes a todos nós, como sociedade. E passa também pelo desafio existente no jornalismo em tornar a informação acessível a todos.

Nosso país não tem uma cultura de leitura de jornal, recurso que sempre foi relegado às classes mais ricas da nação, consideradas capazes suficientemente para assinar mensalmente os jornais e terem informação considerada de qualidade.

Esse Norte acompanhou muito a criação dos jornais mais antigos em nosso país, como o Diário de Pernambuco, o jornal mais antigo em nossas terras.

Acompanhou também a criação de outros jornais clássicos:

  • Correio Braziliense;
  • O Estado de São Paulo;
  • O Jornal do Brasil;
  • Estado de Minas;
  • A Tarde;
  • Folha de São Paulo;
  • Folha da Manhã;
  • O Globo.

Somente os barões do café, no final do século XIX e começo do século XX, e a burguesia tinha acesso aos jornais, inclusive porque eram os únicos que conseguiam ter uma boa leitura.

Enquanto isso, o rádio era o único instrumento de informação para a classe trabalhadora que se aperreava nas periferias das grandes cidades e nas fazendas.

Com o domínio da informação nas mãos de poucos, era muito mais fácil ditar o que a nossa sociedade dizia, pensava ou fazia sobre os mais diversos assuntos. E esse panorama não mudou por muito tempo.

Nos anos 1950, a TV chega ao Brasil para popularizar o acesso ao entretenimento e à informação a todos os telespectadores, reduzindo consideravelmente o papel do impresso.

A grande característica do jornal é a possibilidade de você ter uma apuração mais profunda sobre as notícias, entender os detalhes que estão relacionados a ela e ler as análises exercidas por comentaristas sobre o fato.

A TV e o rádio não possuem essa característica como primordial, visto que tempo nesses meios envolve muito dinheiro. 

Até para nos relacionarmos no contexto atual, é mais vantajoso investir na TV e no rádio do que no jornal, justamente pelo fato de ter mais audiência comparada. Até a internet vem roubando essa liderança da TV e fazendo com que o jornal seja relegado.

Mídia impressa começa a se tornar mais popular

Era necessário os meios impressos começarem a reagir. Especialmente, após o fim do Estado Novo de Getúlio Vargas, os jornais buscaram alcançar este público no qual nem prestavam atenção anteriormente.

Houve uma sensível mudança na linguagem dos grandes jornais, usando vocabulário não rebuscado, com uso maior dos recursos visuais para complementar a informação prestada à sociedade.

Essa tendência de popularização fez com que novos periódicos entrassem em circulação com recursos linguísticos mais simples e com fácil acesso à população.

Um dos grandes desafios da disseminação dos jornais sempre esteve atrelado também à questão financeira. Todo o processo gráfico para chegada à mão do consumidor envolve altos custos de impressão.

Algumas mudanças, além da linguagem, foram:

  • Mudança do layout para informações mais resumidas;
  • Aumento das tiragens para ter custos menores.

Neste sentido, surgiram novos periódicos, como o Jornal da Tarde, Notícias Populares, Popular da Tarde e a Folha da Tarde.

Mesmo assim, as mudanças não surtiram grande efeito em relação ao espalhamento do meio impresso sobre a sociedade. A situação pioraria com a Ditadura Militar e a instabilidade econômica do Brasil.

O setor capengava constantemente com as finanças e teria como barreira também a censura em relação às notícias que incomodavam o regime. A Nova República trouxe esperança, mas não se concretizou.

Somente após o advento do Plano Real, em 1994, a situação do jornalismo popular conseguiria ganhar a clareza e a capacidade de difusão para os demais públicos, expandindo para a grande classe média.

Agora, o desafio era outro: aperfeiçoar a linguagem e chegar à nova classe média em crescimento no Brasil, a classe C.

Surgimento do jornal Extra

A partir da nova moeda e da estabilidade econômica adquirida, os meios de transporte em massa e o controle da inflação fez com que valores relacionados às operações de um periódico ficassem mais claros.

Neste novo cenário, o Infoglobo, uma subsidiária das Organizações Globo, responsável por toda a mídia impressa do grupo, percebeu uma lacuna de público e planejou o lançamento de um novo jornal.

Este novo veículo de comunicação precisaria diversificar sua pauta jornalística, se espraiando na prestação de serviços, tão caros no dia a dia da sociedade em geral.

Tudo o que nos afeta precisa ser relatado, de modo a melhorar a nossa qualidade de vida. O jornalismo da prestação de serviços ganhou força em 1980, quando surgiram pequenos jornais de cunho popular.

Anteriormente, o Infoglobo era somente composto pelo tradicional O Globo, de cunho nacional. Era necessário fazer um jornal voltado para falar da sua cidade, entender a realidade local e prestar serviços ao público das classes B e C.

É neste cenário que o Jornal Extra começa a ganhar vida. Desde a concepção do projeto de um novo jornal popular até a publicação da sua primeira edição, se passaram 9 meses, sendo 3 meses exclusivamente de planejamento gráfico.

Os primeiros entusiastas deste projeto são:

  • Roberto Marinho, seu presidente;
  • Paulo L. Novais, diretor geral;
  • Renato Maurício Prado, diretor;
  • Eucimar de Oliveira, editor-chefe;
  • César Pacheco, na área de publicidade;
  • Nelson Ricciardi, na área de operações;
  • E o projeto gráfico feito por Carlos Pérez de Rozas, Roger Valliés e Ivanir Yazbeck.

O grande diferencial do jornal Extra

Lançar um novo jornal é sempre um desafio. Diante de uma concorrência pesada, era preciso inovar. A solução estava em investir no jornalismo popular.

Falar sobre os assuntos mais afeitos à vida das pessoas, como forma de prestação de serviços, faria a diferença e se destacaria perante os demais jornais.

Era necessário sair daquele vocabulário rebuscado. O foco deveria estar no jornalismo de serviços, falando diariamente sobre:

  • Segurança pública;
  • Transporte público;
  • Emprego;
  • Lazer;
  • Celebridades;
  • Polícia;
  • Cotidiano;
  • Etc.

Foi pensando nisso que o jornal Extra nasceu no dia 5 de Abril de 1998, com a sua primeira tiragem. O surgimento do jornal é uma relação extremamente íntima com a população.

Escolha do nome Extra

A diretoria da Infoglobo precisou entender desde o início que, para um jornal que tinha a responsabilidade de chegar às grandes massas, precisaria ter um nome que falasse diretamente a eles.

Criar uma relação de intimidade foi o segredo de modo a ter sucesso desde seu lançamento, em 1998. Pensando nisso, foi entregue a primeira missão ao público: escolher o nome do novo jornal.

A participação do povo foi estrondosa: foram mais de 500 mil votos, uma participação que deu mais do que certo e que já reforçava a importância popular na vida da publicação.

O nome “Extra” foi o nome vencedor. A partir de então, o jornal assumiu o seu compromisso que segue até os dias atuais: contar a realidade do Rio de Janeiro pelos olhos dos cariocas.

Para isso, soluções simples e chamativas foram utilizadas pelo jornal nestes últimos 23 anos, desde sua fundação. Diversas promoções aos seus assinantes e leitores foram realizadas pelo jornal.

Desde a entrega de ingressos para espetáculos, conjuntos de panelas, CDs e DVDs dos artistas de renome local e nacional, até produtos com caráter cultural, como dicionários, livros e afins, o objetivo sempre foi promover a devida interatividade.

Aliado aos prêmios, o jornal sempre exerceu a linguagem carioca, simples e com sotaque próprio para se indignar com a realidade sofrida da população com a leveza necessária.

O espaço ao leitor sempre foi aberto: a seção de opiniões e sugestões é um dos carros chefes do Extra, além de cadernos dinâmicos e conectados com os anseios do povo do Rio.

Além da capital, o jornal sempre teve forte presença na Região Metropolitana, especialmente na Baixada Fluminense e na Grande Rio. Além disso, grandes colunistas passaram pelo jornal Extra:

  • Xuxa Meneghel;
  • Tony Belloto;
  • Tom Cavalcante;
  • Ex-jogador Gérson;
  • Ruy Castro;
  • Paulo Coelho;
  • Etc.

Extra Online

Em 2007, o jornal foi para a internet. Com um site dividido por categorias e com notícias em tempo real. O resultado foi instantâneo. Atualmente, é um dos sites mais acessados do Brasil, com mais de 5 milhões de visitantes únicos e 21 milhões de pageviews, segundo dados do Google Analytics.

Dentro de seu site, é possível acessar as principais notícias do dia, conferir a edição impressa do dia, disponível para os assinantes e entrar em contato com o jornal para envio de sugestões e opiniões sobre as matérias.

Realidade do jornal Extra

Hoje, com uma circulação de mais de 130 mil exemplares, rivaliza com o jornal O Dia pela preferência dos cariocas. Mantendo a linguagem popular e o compromisso com o povo do Rio, tem forte presença entre o público feminino.

Segundo dados informados pela própria Infoglobo, cerca de 57% do público leitor é composto por mulheres, e os demais 43% são compostos do público masculino. É líder na faixa etária entre 30 a 50 anos.

Hoje, divide-se em três cadernos veiculados diariamente:

  • Caderno 1: Se divide em vários assuntos: Cidade, Polícia, O país, Internacional, Televisão, Cinema, Bem Viver, Show e Vida Moderna;
  • Jogo Extra, voltado ao esporte local, nacional e internacional no Caderno 2;
  • Caderno 3: Mais Baixada (voltado às notícias da Baixada Fluminense e Grande Rio).

Além destes cadernos publicados diariamente, o jornal possui cadernos extras sobre outros assuntos. A divisão é feita por dias da semana.

Aos domingos, são publicados os seguintes cadernos:

  • Imóveis;
  • Canal Extra, sobre televisão, comportamento e etc;
  • Extra em Revista, voltada a curiosidades;
  • Caderno de empregos, negócios e oportunidades no Grande Rio, publicados também às terças.

Aos sábados:

  • Bela Casa, voltado à decoração;
  • Bem Viver, voltado para área da saúde;
  • Zona Oeste, Norte e Baixada, em conjunto com O Globo. Circulação no Grande Rio;
  • Motor Extra, publicado também às quartas-feiras.

E nas sextas:

  • Diversão Extra, com as sugestões da agenda cultural da cidade.

Colunistas

Além das notícias, personalidades escrevem diária ou semanalmente nas páginas do jornal e no site do Extra. Escrevem atualmente para o periódico:

  • Eraldo Leite;
  • Drauzio Varella;
  • Paulo Coelho;
  • Padre Marcelo Rossi;
  • Ana Maria Braga;
  • Lédio Carmona;
  • Aline Barros;
  • Gilmar Ferreira.

Premiações

Ao longo destes 23 anos, o jornal Extra concorreu a diversos prêmios, tendo conquistado 5 prêmios Esso de Jornalismo e 2 prêmios Vladimir Herzog.

São eles:

  • Prêmio Esso de Fotografia, em 2002;
  • Dois prêmios Esso de Reportagem, em 2005 com a Reportagem “Janela Indiscreta”, de Fábio Gusmão. E em 2006 com Eduardo Auler pela reportagem “Adeus, Futuro”.
  • Dois prêmios especiais de primeira página, em 2006 e 2007;
  • E o prêmio Esso Sudeste em 2010 pela Reportagem “A escola como Ela é”, de Letícia Vieira.

Os prêmios Vladimir Herzog são de fotografia em 2004 por “Garimpo contra a Fome”, de Wania Cristina Corredo. Em 2003 o prêmio de artes pela Charge “Sem Teto”, por Leonardo Neto Lopes.

Prêmio Extra de Televisão

Por 20 anos, o jornal realizou anualmente o Prêmio Extra de Televisão, dedicado a premiar os melhores da TV. Com forte presença de produções e artistas da Rede Globo, os maiores vencedores nas principais categorias são:

  • Tony Ramos, com 3 prêmios de melhor ator;
  • Lília Cabral, Adriana Esteves, Giovanna Antonelli e Susana Vieira, com dois prêmios de melhor atriz;
  • Luciano Huck, com 7 prêmios de melhor apresentador.

A última edição do Prêmio Extra de Televisão foi em 2018, não sendo mais realizada desde então.

Desde 1998, o jornal Extra tem retratado a realidade peculiar do Rio de Janeiro, sendo um canal direto entre a população e o poder público, não importa se está na capital, no Grande Rio ou na Baixada Fluminense.

Com uma linguagem própria e participação constante de seus leitores e assinantes, sugerindo pautas e opinando sobre suas matérias, tornou- se patrimônio popular do carioca, onde se enxerga e tem como defensor das suas necessidades.

Mesmo que não more na cidade maravilhosa, recomendamos acessar o site do jornal e ver como este jornal tem a cara do povo do Rio e de todas as suas particularidades que os fazem ser líder de vendas físicas e acessos virtuais.

Caso esteja no Rio e queira comprar o jornal nas bancas, o valor de segunda a sábado é de R $1,50 e a edição de domingo custa R $3,00. Você pode assinar a versão digital por apenas R $8,90 por mês.

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