O futebol é um jogo coletivo, mas a beleza do esporte mora nos detalhes individuais. Cada jogador em campo carrega uma responsabilidade específica que vai muito além da posição em que aparece na escalação.
Saber o que faz um volante, qual a missão de um zagueiro ou o papel de um ponta ajuda a entender não só o jogo, mas as escolhas dos técnicos, os lances decisivos e até as substituições em campo.
A seguir, vamos explicar o papel de cada função do futebol moderno, com exemplos que ajudam a visualizar o que cada um realmente faz dentro das quatro linhas. Mais do que teoria, você vai entender o porquê de um camisa 5 ser tão valioso quanto o artilheiro do time.
Goleiro: o primeiro defensor (e, muitas vezes, o primeiro atacante)
O goleiro é o único que pode usar as mãos — mas apenas dentro da própria área. Sua principal função é evitar que o adversário marque gols. Reflexo, posicionamento e coragem são atributos indispensáveis.
Nos últimos anos, o papel do goleiro evoluiu. Muitos treinadores passaram a exigir que ele também participe da construção ofensiva. É o caso de Ederson (Manchester City), que se destaca pela qualidade nos passes longos e saídas rápidas. Segundo dados da Premier League (2023/24), ele tem média de 22 passes certos por jogo.
Zagueiro: mais que um muro, um cérebro tático
O zagueiro é quem atua à frente do goleiro. Sua missão clássica é interceptar jogadas, ganhar disputas aéreas e proteger a área. Mas no futebol atual, ele também inicia jogadas e dita o ritmo defensivo.
Zagueiros como Marquinhos (PSG) e Rüdiger (Real Madrid) combinam marcação forte com capacidade de passe vertical. Isso permite que o time avance com rapidez. Segundo o SofaScore, Rüdiger teve 91% de precisão nos passes em 2024, sendo uma peça vital na saída de bola do Real.
Lateral-direito e esquerdo: equilíbrio entre defesa e ataque
Os laterais atuam nas extremidades do campo. Defendem, mas também sobem para o ataque com frequência. São os responsáveis por dar amplitude ao time, oferecendo opções de passe e cruzamentos.
No Brasil, é impossível não lembrar de Cafu e Roberto Carlos. Hoje, jogadores como João Cancelo (Barcelona) e Achraf Hakimi (PSG) redefinem a posição, entrando pelo meio e contribuindo com assistências e gols. Um lateral moderno precisa correr o jogo todo e pensar o tempo inteiro.
Volante: o equilíbrio silencioso do time
O volante é o elo entre defesa e ataque. É quem recupera a bola, distribui o jogo e protege a zaga. Quando o volante está bem posicionado, o time inteiro ganha estabilidade.
Casemiro (Manchester United) é um bom exemplo. Ele liderou a seleção brasileira em desarmes durante a Copa de 2022, com média de 3,6 por jogo (FIFA Stats). Em times mais ofensivos, o volante também pode ser um construtor, como Rodri, do Manchester City, que atua quase como um armador recuado.
Meia-armador: a ponte para os gols
O meia-armador (ou “camisa 10”) é quem organiza o ataque. Sua função principal é criar oportunidades, enxergar espaços e servir os atacantes. É a posição que costuma encantar o público pela visão de jogo e toque refinado.
Historicamente, nomes como Zico, Zidane e Iniesta personificaram a função. Atualmente, Bruno Fernandes (Manchester United) e De Bruyne (Manchester City) continuam essa tradição. Segundo a UEFA, De Bruyne liderou o número de passes-chave na Champions League 2023/24, com 4,1 por partida.
Meia-atacante: entre a criação e a finalização
Diferente do meia-armador clássico, o meia-atacante atua mais próximo da área adversária. Costuma se infiltrar na defesa, chutar de fora e buscar tabelas rápidas.
É uma função ocupada por jogadores como Paulo Dybala e Martin Ødegaard. Eles aproveitam os espaços criados pelos pontas e centroavantes para surpreender a defesa adversária.
Ponta-direita e ponta-esquerda: velocidade e desequilíbrio
Os pontas jogam abertos pelos lados do campo. Sua missão é alargar a defesa rival, partir pra cima do marcador, cruzar ou cortar para dentro e finalizar. Um bom ponta desequilibra defesas fechadas.
Vinícius Jr. (Real Madrid) e Mohamed Salah (Liverpool) são exemplos claros. Ambos combinam velocidade, drible e objetividade. Na última temporada da La Liga, Vinícius participou de 18 gols (12 gols e 6 assistências), muitos deles em jogadas que começaram com dribles pela ponta.
Centroavante: o homem-gol
O centroavante é o jogador mais próximo do gol adversário. Ele recebe, segura a bola, gira, finaliza. Também pode abrir espaços para quem vem de trás.
Erling Haaland (Manchester City) é um centroavante moderno: físico, rápido e eficiente. Segundo o Transfermarkt, ele marcou 36 gols em 35 jogos na Premier League 2022/23 — média superior a um por jogo.
Falso 9: quando o atacante deixa de ser referência
O “falso 9” é um atacante que recua para confundir a marcação. Em vez de esperar a bola na área, ele sai da zona de perigo e puxa o marcador junto, abrindo espaço para outros atacarem.
Lionel Messi fez isso com maestria na seleção argentina e no Barcelona. Com ele recuando, Pedro, Villa e outros companheiros apareciam livres para finalizar. É uma tática que exige inteligência coletiva e adaptação.
Segundo atacante: apoio e mobilidade
O segundo atacante atua ao lado do centroavante, mas com liberdade para se movimentar. Ajuda na criação e costuma finalizar bem.
Neymar já exerceu esse papel no Barcelona. Outro exemplo é Lautaro Martínez, da seleção argentina. Ele combina com o centroavante, aparece na área e também retorna para buscar jogo.
Ala: quando o lateral vira atacante
O ala é uma posição híbrida. Atua como lateral, mas com mais liberdade ofensiva, especialmente em esquemas com três zagueiros. Ele precisa ter fôlego e leitura de jogo.
Danilo (Juventus e Seleção) é um exemplo. Ele já atuou como ala pela direita, sendo responsável por cobrir defensivamente e chegar no ataque como um ponta.
Zagueiro pela esquerda ou direita: não é tudo igual
Mesmo entre zagueiros, há variações. O zagueiro pela esquerda geralmente é canhoto, facilitando saídas de bola e passes diagonais. O mesmo vale para o zagueiro pela direita.
Isso explica por que muitos clubes buscam zagueiros “espelhos”. Guardiola, por exemplo, organiza sua linha defensiva para facilitar esse tipo de construção.
Pivô: função pouco falada, mas decisiva
Em jogadas ofensivas, o pivô é o atacante que segura a bola de costas para o gol e serve companheiros que chegam de trás. É uma função tática, útil contra defesas fechadas.
Diego Costa (Atlético de Madrid) e Richarlison, na seleção, já atuaram assim. Eles atraem os zagueiros e abrem caminhos para meias ou pontas infiltrarem.
Polivalente: o coringa do treinador
Alguns jogadores se adaptam a várias funções. São os chamados polivalentes. Isso traz flexibilidade ao time e é valioso em torneios longos.
Exemplo? Joshua Kimmich (Alemanha) começou como lateral, virou volante e já jogou até como meia. Essa versatilidade torna o time menos previsível.
Agora que você sabe o que faz cada posição no futebol, é hora de ver em campo!
Entender as funções em campo muda a forma como vemos o jogo. Aquela troca de posições, o volante que recua entre os zagueiros, o ponta que afunila, tudo ganha mais sentido.
E para acompanhar cada detalhe com mais clareza, o ideal é ver os jogos ao vivo. O app Favscore Futebol Ao Vivo transmite partidas de graça, com estatísticas em tempo real.
CBaixe agora e veja, com seus próprios olhos, todas essas funções se desenrolando em campo!



