“Quanto tempo o goleiro pode segurar a bola?” — a pergunta ganhou nova resposta em 2025. Até então, os famosos 6 segundos da regra da FIFA delimitavam o tempo permitido com as mãos.
Mas a partir do meio do ano, a regra mudou: agora são 8 segundos, com sinalização do árbitro e punição com escanteio caso esse limite seja ultrapassado. A novidade veio para combater um velho inimigo do jogo: a cera.
Neste texto, explicamos como era a regra, o que mudou, o que motivou a mudança e como essa nova dinâmica deve afetar o comportamento dos goleiros e a dinâmica das partidas.
Se você gosta de futebol e quer entender o impacto real disso em campo — ou apenas quer parar de se perguntar se o juiz vai punir ou não —, vem com a gente até o fim!
Como era a regra antes de 2025?
Até o primeiro semestre de 2025, a Regra 12.2 da IFAB (International Football Association Board) determinava que o goleiro podia segurar a bola por até 6 segundos. Caso ultrapassasse esse tempo, a equipe era penalizada com um tiro livre indireto, cobrado do ponto onde ocorreu a infração.
Na prática, o tempo raramente era cronometrado com rigidez, e a punição quase nunca era aplicada. Muitos goleiros acabavam segurando a bola por 8, 10 ou até mais segundos sem maiores consequências, especialmente em momentos de pressão no fim do jogo. Isso alimentava a cera — e frustrava torcedores e adversários.
O que mudou na regra?
No dia 1º de março de 2025, a IFAB anunciou uma atualização importante nas Leis do Jogo, com impacto direto no comportamento dos goleiros.
A alteração passa a valer oficialmente a partir de 1º de julho de 2025, mas já será aplicada no Mundial de Clubes da FIFA, que começa em 14 de junho.
A mudança na regra 12.2 estabelece que:
- O goleiro pode segurar a bola por no máximo 8 segundos;
- O árbitro deverá sinalizar com as mãos quando restarem 5 segundos para a bola ser solta;
- Caso o goleiro continue com a posse após esse tempo, será marcado um escanteio para o adversário.
Por que a mudança foi feita?
A motivação é clara: diminuir a cera e acelerar o jogo. Segundo a IFAB, a nova medida foi criada para evitar que os goleiros usem a posse da bola como ferramenta para atrasar propositalmente o andamento da partida — especialmente nos minutos finais.
A mudança responde à crescente insatisfação de técnicos, jogadores e torcedores com a falta de padronização na aplicação da antiga regra. Com o novo limite mais generoso, a expectativa é de que os árbitros apliquem a punição com mais consistência e menos margem para interpretação subjetiva.
O que muda na prática?
A primeira mudança é visual: o árbitro agora faz um gesto com a mão, como uma contagem regressiva, quando o goleiro chega ao terceiro segundo de posse. Isso traz clareza para o público e pressão para o goleiro — e reduz as reclamações.
A segunda mudança é na penalização: antes, um tiro livre indireto dentro da área (algo que raramente resultava em gol). Agora, o adversário ganha um escanteio, uma jogada de muito mais risco. A consequência é mais concreta e pode mudar o rumo do jogo — especialmente em partidas apertadas.
O goleiro ganha ou perde com isso?
De certo modo, o goleiro ganha mais dois segundos oficiais de posse da bola. Isso dá um pouco mais de margem para repor o jogo com tranquilidade. Mas ele também ganha mais visibilidade e responsabilidade, já que o árbitro indicará publicamente que o tempo está se esgotando.
Por outro lado, a nova penalização com escanteio pode ser mais punitiva do que o tiro livre indireto — o que força o goleiro a pensar rápido. Em jogos decisivos, onde o cansaço e a tensão falam alto, esse detalhe pode virar um pesadelo.
Exemplo: o caso “Dibu Martínez”
O goleiro argentino Emiliano “Dibu” Martínez, do Aston Villa, foi um dos nomes que inspiraram essa mudança, ainda que indiretamente. Em uma partida contra o Liverpool pela Premier League, ele ficou com a bola por tempo excessivo em várias ocasiões, usando isso como estratégia para segurar o resultado.
Apesar das reclamações, o árbitro não puniu — e o lance viralizou nas redes sociais. Episódios como esse aceleraram o debate e colocaram pressão sobre a IFAB para revisar a regra. A mudança anunciada em março de 2025 é reflexo direto dessa nova exigência por mais clareza e justiça nas punições.
E se o árbitro não contar direito?
A nova regra vem acompanhada da obrigatoriedade do gesto manual do árbitro indicando os últimos 5 segundos. Isso torna o processo mais transparente. Mesmo assim, ele continua sendo o responsável pela contagem — não há cronômetro visível ao público ou ao jogador.
Por isso, a aplicação da regra ainda exigirá atenção dos árbitros, mas agora com um padrão mais visível, o que deve ajudar também o VAR (quando disponível) a revisar lances em caso de dúvida.
O que acontece se o goleiro jogar a bola no chão?
É importante diferenciar: o tempo de 8 segundos vale para a posse com as mãos. Se o goleiro solta a bola no chão e passa a jogar com os pés, o relógio dos 8 segundos deixa de contar.
A partir daí, o goleiro tem liberdade, como qualquer outro jogador, desde que respeite as demais regras — como não segurar de novo com as mãos, caso a bola tenha vindo de um recuo com o pé.
Essa regra já está em vigor?
Sim, mas com uma observação. A adoção da nova regra é obrigatória apenas a partir de 1º de julho de 2025. Antes disso, cada liga pode optar por aplicá-la ou não.
No entanto, como a mudança será testada no Mundial de Clubes da FIFA (junho), é bem provável que outras competições sigam o exemplo — especialmente aquelas que querem padronizar o uso antes do início da temporada europeia.
Outras mudanças anunciadas pela IFAB
Além do novo limite de tempo para goleiros, a IFAB também oficializou uma nova regra: a Regra 3.10. Ela estabelece que apenas o capitão de cada time poderá se dirigir ao árbitro para questionar decisões. Jogadores que infringirem isso podem receber cartão.
A medida visa reduzir a pressão sobre os árbitros, evitar tumultos em campo e valorizar a comunicação organizada. É uma tendência inspirada em esportes como o rugby, onde o respeito à arbitragem é mais rigoroso.
O que esperar das partidas agora?
A combinação da sinalização do árbitro, o novo limite de 8 segundos e a punição com escanteio deve:
- Tornar o jogo mais fluido;
- Diminuir as reclamações dos torcedores e técnicos;
- Aumentar o senso de urgência nos goleiros;
- Reduzir os episódios de cera e antijogo;
- Tornar o tempo de bola rolando mais próximo do ideal.
Para quem acompanha futebol de perto, essa pequena mudança pode representar uma transformação significativa — principalmente nos minutos finais das partidas.
Agora que você sabe por que o goleiro só pode segurar a bola por 8 segundos, talvez olhe os lances com outros olhos. Mais do que uma simples regra, essa mudança é um reflexo de um futebol que busca ser mais justo, direto e dinâmico.
A regra antiga dava margem para enrolação. A nova traz clareza, reforça a autoridade do árbitro e beneficia quem quer ver a bola rolando de verdade.
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Porque quando o goleiro segura a bola por mais de 8 segundos… você já vai saber exatamente o que está acontecendo!
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