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Folha de São Paulo: curiosidades sobre o jornal

14/04/2024

Completando 100 anos neste 2021, a Folha de São Paulo é considerada um dos baluartes do jornalismo, sendo líder de assinaturas físicas e digitais com forte influência na sociedade.

Com posicionamento pluripartidário, possui diversos furos históricos e participou dos momentos mais importantes da nossa democracia, como as Diretas Já.

Ao lado dos jornais O Globo e O Estado de São Paulo, faz parte da tríade dos maiores veículos impressos do Brasil e da América Latina, liderando os últimos 25 anos.

Hoje, o artigo é dedicado a este potente meio que faz parte do nosso dia a dia.

Vamos entender mais sobre sua história, curiosidades e os projetos realizados atualmente.

Leia também: Jornal Extra: Conheça as curiosidades sobre o jornal.

Um contraponto ao principal veículo da época, buscando falar a outras camadas da sociedade.

Foi com esse mote que um grupo de jornalistas liderados por Pedro Cunha e Olival Costa fundaram no dia 19 de Fevereiro de 1921 a Folha da Noite.

Com textos mais claros e objetivos, um enfoque nas notícias e não tanto em opiniões e assuntos que tinham relação com a população paulistana, a Folha da Tarde era distribuída no período vespertino.

Porque surgiu como contraponto? Na época do lançamento, o principal jornal da época era O Estado de São Paulo, com 45 anos de história.

Mas era um veículo muito tradicional e rígido, alinhado com as elites rurais.

Logo o sucesso do novo veículo levou seus fundadores a expandir a distribuição de notícias, criando a Folha da Manhã quatro anos depois, em 1925 na sua primeira sede, na região central da cidade.

Na Folha da Manhã surge o primeiro integrante que personifica o espírito crítico do jornal: o Juca Pato, personagem criado pelo cartunista Belmonte.

Um homem comum, que criticava as mazelas econômicas e políticas com bom humor.

A sua frase mais conhecida era: “Podia ser pior”.

Por divergências de ordem política, Olival Costa precisou vender o jornal para Octaviano Alves de Lima, produtor e vendedor de café.

Com Alves de Lima, o foco estava em defender o setor da agricultura, mas os eventos dos anos 1930 e 1940 mudariam todo o foco do jornal.

Sem o tino para a parte jornalística, a solução foi entregar o comando da parte editorial para Rubens do Amaral, um antigetulista.

O resultado foi um jornal que sempre teve uma oposição ao governo da época.

Mas sua atuação não era totalmente censurada pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).

Isso porque o foco estava no seu concorrente, O Estado de São Paulo.

Por ter apoiado frontalmente a Revolução de 1932, foi alvo de sucessivos ataques do regime getulista, forçando o diretor Júlio de Mesquita Filho a se exilar por cinco anos, enquanto exercia uma intervenção entre 1940 e 1945.

Mas a sua contraposição política obrigaria Alves de Lima a vender o jornal em 1945 para um conselho composto por:.