Reserva de emergência: se esse termo já apareceu no seu feed, na conversa de bar ou naquele grupo da família que só fala de finanças, não se assuste. Hoje, a missão é te mostrar que sim, dá pra montar a sua reserva de emergência mesmo com pouco dinheiro, mesmo ganhando um salário que some em três dias e mesmo se você for da turma que acha que “guardar dinheiro” é coisa de gente rica.
Senta aí, pega um cafezinho ou um copo d’água, e bora descomplicar esse papo!
O que é, afinal, essa tal de reserva de emergência?
Antes de sair guardando moedinhas no cofrinho, vamos entender o que é essa bendita reserva de emergência. De maneira bem simples, ela é aquele dinheirinho guardado para te socorrer quando a vida resolve pregar uma peça. Sabe quando a geladeira pifa do nada, ou quando o dente resolve doer justo no mês que você jurou que não ia gastar com nada? Pois é, nesses momentos, quem salva é a reserva de emergência!
Não, não é dinheiro para viajar, trocar de celular ou ir naquele show imperdível. É para emergência real oficial. Como dizem por aí: não mexe nesse dinheiro! É o famoso “não conte com ele”.
“Mas eu ganho pouco, como vou conseguir fazer uma reserva?”
Calma, não desiste antes de tentar. Muita gente acha que só quem ganha rios de dinheiro consegue montar uma reserva de emergência, mas isso é mito. Dá pra fazer com pouco sim! O segredo é começar, mesmo que devagar.
Pensa comigo: se você ganhar R$ 1.500 por mês e conseguir guardar R$ 50, parece pouco, né? Mas em um ano, você terá R$ 600 guardadinhos. Já é mais do que muita gente tem! E se conseguir guardar R$ 100 por mês, são R$ 1.200 no mesmo período. Não precisa ser um superinvestidor pra fazer isso, só precisa de constância.
Quanto eu preciso ter na reserva de emergência?
Beleza, você já entendeu o que é e que dá pra fazer com pouco. Mas quanto, afinal, você precisa guardar?
Aqui entra uma regra de ouro: o ideal é ter de 3 a 6 meses do seu custo de vida. Ou seja, se hoje você gasta R$ 2.000 por mês para viver (contando aluguel, transporte, comida, internet e Netflix, claro), sua reserva ideal vai ser entre R$ 6.000 e R$ 12.000.
“Mas, meu Deus, nunca vou conseguir juntar isso!”, você pode estar pensando. Calma! Respira fundo e lembra: não precisa ser pra amanhã. Isso é uma construção, que você vai fazendo aos poucos, mês a mês. O mais importante é começar, nem que seja guardando R$ 10 por semana.
Onde guardar a reserva de emergência?
Agora que você já está decidido a começar, vem a próxima dúvida: onde guardar esse dinheiro? E não, a resposta não é “embaixo do colchão”. O ideal é que a sua reserva de emergência esteja em um lugar seguro, que renda pelo menos um pouquinho e que você consiga acessar rapidamente, sem complicação.
As melhores opções são:
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Tesouro Selic: segurança total, rendimento atrelado à taxa Selic, e resgate rápido. Só tem que ficar atento às taxas cobradas pela corretora;
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CDB com liquidez diária: vários bancos oferecem CDBs que rendem próximo de 100% do CDI e que você pode resgatar a qualquer momento. Ótima pedida!
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Contas remuneradas: hoje em dia, várias contas digitais rendem o equivalente ao CDI. Pode ser uma opção interessante, principalmente para quem ainda está começando e quer algo prático.
Só fuja de deixar na poupança. Sim, ela é queridinha de muita gente, mas rende pouco demais. Também não coloque em investimentos arriscados, como ações ou criptomoedas, porque reserva de emergência não é pra ganhar muito dinheiro: é pra proteger.
Como começar sua reserva de emergência com pouco dinheiro?
Beleza, já entendeu onde colocar, agora vem o desafio: começar! E eu sei que parece difícil, mas aqui vão algumas dicas pra tornar isso mais leve:
1. Faça um raio-x das suas finanças
Primeiro, descubra quanto você gasta. Anota tudo: aluguel, luz, cervejinha, delivery, academia (mesmo se você só paga e nunca vai). Só assim você vai saber quanto pode sobrar pra sua reserva.
Por exemplo, o João, que ganha R$ 2.500, achava que não conseguia guardar nada. Quando anotou tudo, viu que gastava R$ 400 só com delivery! Cortou pela metade e começou a guardar R$ 200 por mês.
2. Comece pequeno, mas comece!
Se só der pra guardar R$ 20, guarda R$ 20. Se der R$ 100, melhor ainda! O importante é criar o hábito. Com o tempo, você vai aumentando esse valor.
Eu comecei a minha reserva de emergência com R$ 50 por mês. Quando vi que nem doía tanto, passei pra R$ 150. Hoje, é automático: caiu o salário, já vai direto pra reserva.
3. Deixe o dinheiro “escondido”
Não deixe esse dinheiro na conta que você movimenta todo dia. O risco de gastar é enorme! Coloque numa conta separada, numa corretora ou banco digital. Assim, você não fica tentado a usar pra coisas que não são emergência.
Um amigo meu fez um Pix pra ele mesmo, pra uma conta que nem cartão tinha. Genial!
4. Automatize!
Se puder, programe um débito automático pra já separar a grana assim que cair o salário. Isso evita aquele clássico: “Esse mês não deu, mês que vem eu guardo”.
Automatização é a salvação para os esquecidos!
O que NÃO é emergência?
Essa parte é importantíssima! Não adianta montar a reserva e depois gastar quando vê uma promoção de tênis ou quando pintam ingressos pro show do seu artista favorito.
Emergência é: consertar o carro, pagar um exame médico, ajudar um familiar numa situação difícil.
Não é: trocar de celular, comprar roupa, ir pra praia no feriado.
Pensa assim: emergência é o que você não pode adiar, nem parcelar.
E se eu precisar usar a reserva de emergência?
Beleza, você se organizou, começou a juntar, e de repente… aconteceu! Você precisou usar parte da reserva.
Primeira coisa: sem culpa! É pra isso que ela serve.
Depois, assim que puder, volte a reabastecer. Como se fosse o extintor de incêndio: usou, recarrega.
Como manter a disciplina para montar sua reserva?
Esse talvez seja o maior desafio. Não é fácil ver a galera viajando, comprando coisas legais, e você ali, guardando dinheiro pra “o caso de uma emergência”. Dá um FOMO (medo de ficar de fora) danado!
Mas lembra: quem tem reserva, vive com mais tranquilidade. A paz de saber que, se algo der errado, você está protegido, não tem preço!
Uma dica que pode te ajudar: tenha também uma “reserva de diversão”. Isso mesmo! Separe um dinheirinho, por menor que seja, pra gastar com coisas que te dão prazer. Assim, você não sente que está vivendo só pra se preocupar com o futuro.
Por exemplo, guarde R$ 200 pra reserva de emergência e R$ 50 pra aquela pizza de sexta-feira. Assim, a vida segue leve.
Erros comuns de quem começa a montar a reserva de emergência
Começar a montar a reserva de emergência é um passo muito importante, mas também é um terreno cheio de armadilhas. Quem está no início desse processo muitas vezes comete alguns deslizes, que podem atrasar — ou até comprometer — esse objetivo tão essencial. E olha, não precisa se sentir mal se já tiver tropeçado em algum deles. A ideia aqui é justamente te ajudar a evitar esses erros, ou pelo menos, perceber rapidinho quando estiver caindo em um.
Agora, vamos conversar sobre os principais erros, com calma e exemplos bem claros, para que você consiga montar sua reserva de emergência com mais segurança e tranquilidade.
Não separar a reserva de emergência do dinheiro do dia a dia
Um erro muito comum é deixar a reserva de emergência misturada com o dinheiro que você usa para pagar contas ou fazer compras. O problema disso é que, sem perceber, você acaba gastando aquele dinheiro que deveria ser guardado para imprevistos.
Por exemplo, imagine que você conseguiu juntar R$ 500 e deixou esse valor na conta corrente, junto com o salário. No meio do mês, você olha o saldo e pensa: “Nossa, ainda tenho bastante, dá pra pedir aquele delivery especial ou comprar um presente”. E pronto, lá se foram os R$ 500 da reserva!
Por isso, o ideal é deixar a reserva em uma conta separada ou em um investimento específico, fora do seu alcance fácil. Assim, você cria uma barreira saudável entre o dinheiro que pode gastar e aquele que precisa guardar.
Não ter um valor-alvo definido
Muita gente começa a guardar dinheiro, mas não define um objetivo claro para a reserva de emergência. Isso gera um problema: você nunca sabe se já guardou o suficiente ou se ainda precisa continuar. Fica aquela sensação confusa de “será que já posso parar?”.
Por isso, é importante calcular: quanto você gasta por mês? Multiplique isso por pelo menos três meses (idealmente seis). Assim, você sabe exatamente aonde quer chegar e pode manter o foco.
Achar que guardar pouco não faz diferença
Muita gente se desanima logo no começo porque acha que, se não puder guardar grandes quantias, nem vale a pena tentar. Esse é um erro enorme! Toda reserva começa pequena. O que faz diferença não é o valor inicial, mas a constância.
O segredo está na regularidade. Guardar pouco é infinitamente melhor do que não guardar nada.
Usar a reserva para coisas que não são emergências
Esse erro é mais comum do que parece. A pessoa junta com esforço, faz todos os cálculos, guarda mês após mês… mas, de repente, surge aquela superpromoção de uma TV ou uma viagem de última hora, e pronto: lá se vai a reserva de emergência.
A lição aqui é clara: reserva de emergência só deve ser usada em casos reais e urgentes. Não é para gastar com desejos ou oportunidades de consumo. Se quiser comprar uma TV ou viajar, o ideal é criar outra poupança para esses objetivos.
Parar de alimentar a reserva depois de usá-la
Por fim, um erro que muita gente comete: usar a reserva de emergência e depois não reabastecê-la. Afinal, depois de usar, o pensamento pode ser: “Já gastei mesmo, agora deixa pra lá”. Mas não! A reserva deve ser reposta sempre que for utilizada, senão, você fica vulnerável novamente.
Por exemplo, Mariana guardou R$ 4.000, mas precisou usar R$ 2.500 para uma emergência médica. Depois disso, ficou aliviada por ter conseguido resolver o problema, mas não voltou a guardar. Meses depois, teve outro imprevisto e precisou recorrer ao cartão de crédito com juros altíssimos.
O certo é: usou, repõe. Mesmo que leve tempo, é fundamental reconstituir a reserva para estar sempre protegido.
O que fazer quando a reserva estiver completa?
Quando você alcançar aquele valor ideal — entre 3 e 6 meses do seu custo de vida — parabéns! Você já está muito à frente da maioria dos brasileiros.
A partir daí, pode começar a pensar em investir de verdade: fundos, ações, imóveis, criptomoedas… o que quiser. Mas sempre lembrando: só mexe na reserva de emergência se for realmente necessário.
E mais: a vida muda. Seu custo de vida pode aumentar, então é legal revisar sua reserva de tempos em tempos.
Sua reserva de emergência é seu escudo!
Pra fechar: reserva de emergência é como um escudo invisível que te protege das pancadas da vida. Não precisa ser milionário pra ter um, não precisa ganhar rios de dinheiro, nem precisa ser expert em finanças.
Só precisa começar, com o que você tem. Pode ser R$ 20, pode ser R$ 200. O importante é ter constância e lembrar que imprevistos acontecem com todo mundo.
Se você der esse primeiro passo hoje, daqui a um ano vai olhar pra trás e pensar: “Ainda bem que eu comecei”.
Agora, que tal turbinar a sua reserva de emergência? Para isso, confira: Como ganhar dinheiro extra: veja 10 maneiras!