Peguei enchente com o carro, o que fazer? A gente te conta!

Peguei enchente com o carro, o que fazer? Se você chegou até aqui, provavelmente seu carro ainda tá secando na garagem, a calça molhada já foi pro varal e o desespero ainda bate no peito. 

Todo mundo já passou por um perrengue desses (ou quase), e sim, tem solução. Pode não ser das mais baratas ou rápidas, mas dá pra sair dessa. E já que você tá aqui, bora conversar sobre o que fazer quando a água toma conta da rua — e do seu carro!

Durante a enchente: o que você deve (ou melhor, não deve) fazer

Primeira coisa: se o nível da água passar da metade da roda, NÃO SIGA. Acredite, seu carro não é um barco, mesmo que pareça. Mas, se você já entrou na água e percebeu que a coisa ficou séria, aqui vão algumas dicas importantes:

1. Não acelera com tudo

É instintivo: a água subiu, o carro começou a engasgar, e o pé vai direto pro acelerador. Errado. Se a água já entrou no motor e você acelera com força, pode causar o famigerado calço hidráulico — um nome bonito pra “quebrou tudo por dentro”. O motor aspira água, e como ela não comprime como o ar, as peças internas se danam.

2. Mantenha velocidade constante (se ainda der)

Se o carro ainda está andando e a água não está tão alta, mantenha uma velocidade baixa e constante, sem mudanças bruscas. Se parar, pode ser que não ligue mais. Mas se a água subir mais, pare imediatamente e procure um local mais alto — nem que seja a calçada. O importante é sair da área alagada com segurança.

3. Evite ligar o carro novamente se ele morreu

Essa aqui é dura, mas é real: se o carro morreu na enchente, não tenta ligar de novo. Nessa hora, a ansiedade é inimiga. Cada tentativa de dar a partida pode estar afundando o motor (e o seu bolso) ainda mais. Chama o reboque, mesmo que seu orgulho diga que dá pra resolver.

E depois? O que fazer quando o caos já aconteceu

Agora que você escapou (ou foi resgatado), vem o segundo ato do drama. E não, não é só “deixa secar e tá tudo certo”. Veja o que fazer depois que o carro passou por enchente:

1. Reboque até uma oficina de confiança

A essa altura, você precisa de um mecânico que entende de enchente. Não adianta levar na primeira oficina da esquina. Idealmente, procure alguém que já tenha lidado com carros pós-alagamento e que saiba fazer uma verificação geral — motor, câmbio, parte elétrica, tudo.

2. Avaliação do estrago

A oficina vai fazer um checklist completo. Primeiro passo? Ver se entrou água no motor (calço hidráulico), checar óleo, filtros, velas e principalmente o sistema elétrico. A parte elétrica costuma ser a vilã dos carros pós-enchente — e os sintomas podem aparecer só dias depois.

3. Seguro: o herói ou o vilão

Se você tem seguro com cobertura contra alagamento, respira aliviado. Acione o quanto antes. E prepare-se para uma vistoria completa, com direito a perguntas como: “O senhor tentou atravessar?” — e sim, isso pode afetar a cobertura.

Se o seguro não cobre enchente, aí o papo é outro. Você vai bancar tudo do próprio bolso, e dependendo do nível da água e do dano, pode ser mais barato vender o carro como sucata do que tentar salvar.

Dano não é só no motor, viu?

A galera costuma focar no motor, mas o problema da água vai além:

• Estofado: se a água entrou na cabine, os bancos e o carpete viram uma esponja. O cheiro, então, pode durar semanas;
• Sistema elétrico: central multimídia, travas, luzes internas, sensores… tudo isso pode parar do nada;
• Freios e suspensão: tomaram banho também. E a ferrugem não perdoa.

Tem gente que acha que deixar o carro no sol por uma semana resolve. Ajuda, mas não resolve tudo. Aliás, dica bônus: se entrou água nos estofados, considere uma higienização profissional o quanto antes. O mofo agradece.

E a dor no bolso?

Prepare-se pra desembolsar. Mesmo com seguro, tem franquia. E se for do próprio bolso, os custos vão depender de quanta água entrou, o tipo de carro e o tamanho do estrago. Reparos em motor e câmbio são os mais caros. Já parte elétrica é traiçoeira — os defeitos podem aparecer aos poucos.

Ah, e tem um detalhe: se o carro tiver perda total, o seguro (caso cubra alagamento) vai pagar com base no valor de mercado, e não necessariamente o quanto você pagou. E se não tiver seguro, aí… é chorar no banho.

Como evitar esse drama na próxima vez?

A gente aprende com os tombos, né? Então bora deixar umas lições aqui pra evitar o replay dessa novela.

Chuva forte? Não sai de casa se puder evitar

Se o céu fechar e os alertas de alagamento aparecerem, adie o rolê. Um lanche no sofá vale mais do que uma semana sem carro.

Use apps de trânsito e clima

Hoje em dia tem Waze, Google Maps, apps de clima, Defesa Civil com alertas… tudo no celular. Eles avisam se a rota tá alagada ou se tem risco. Vale ouro.

Sabe aquele caminho de sempre? Pode ser armadilha

Conhece uma rua que sempre enche quando chove? Evita. Parece óbvio, mas a gente teima em seguir pelo “caminho de sempre”. Não compensa.

Bônus: o que levar no carro em época de chuva

Sim, a gente sempre acha que nunca vai acontecer com a gente… até acontecer. Então aqui vai uma listinha marota pra deixar no porta-luvas (ou no porta-malas):

• Capa de chuva;
• Guarda-chuva;
• Toalha (pra você e pro banco);
• Cabo de chupeta;
• Lanterna;
• Saquinho pra celular e carteira.

Ah, e claro, mantenha o número do seguro/resgate sempre fácil. Porque quando a água sobe, o desespero não espera.

Perrengue todo mundo passa, mas esteja preparado!

Se você pegou enchente com o carro, o que fazer é basicamente: não entrar em pânico, não forçar o carro, chamar ajuda e deixar os profissionais cuidarem do resto. Sim, é chato, custa dinheiro e dá dor de cabeça. Mas você não tá sozinho nessa — e com um pouco de paciência (e talvez um bom mecânico), seu carro ainda vai rodar muito por aí.

Agora, se você já passou por isso, compartilha com aquele amigo que sempre acha que “dá tempo de passar antes da água subir”. Spoiler: não dá. Melhor um atraso do que um motor afogado.

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