Quando falamos sobre gastos essenciais, necessários e supérfluos, estamos entrando no universo de como administrar melhor nosso dinheiro no dia a dia.
Entender a diferença entre essas categorias pode parecer simples, mas acredite: muita gente confunde e acaba gastando mais do que deveria.
No fundo, essa classificação é a chave para ter equilíbrio financeiro e até curtir a vida sem culpa. Vamos destrinchar cada tipo de gasto, trazer exemplos bem práticos e entender por que eles são tão importantes!
Gastos essenciais: o que são e por que não podem faltar
Os gastos essenciais são aqueles que garantem nossa sobrevivência e bem-estar básico. Sem eles, nossa vida simplesmente não funciona direito. Estamos falando de coisas como moradia, alimentação, água, energia elétrica, transporte básico e cuidados com a saúde.
Por exemplo, pagar o aluguel do seu apartamento, comprar arroz, feijão e leite, ou garantir que as contas de luz e água estejam em dia, são exemplos clássicos de gastos essenciais. Sem eles, não dá para viver confortavelmente, e muitas vezes, nem sobreviver.
Mas atenção: “essencial” não significa gastar à vontade. Comprar 10 tipos diferentes de carne toda semana não é essencial, mas garantir proteína suficiente, sim. É o equilíbrio que importa.
Além disso, gastar com saúde entra aqui. Um plano de saúde básico, consultas médicas de rotina, remédios essenciais — tudo isso é prioridade absoluta. Sem saúde, nem o resto funciona direito.
Gastos necessários: aquilo que facilita a vida, mas pode ser ajustado
Agora, se os essenciais são o mínimo vital, os gastos necessários são aqueles que tornam a vida mais prática, confortável e segura, mas que podem ser flexibilizados dependendo do seu orçamento.
Exemplos comuns incluem internet, transporte público ou particular mais eficiente, produtos de limpeza, roupas para o trabalho e manutenção de carro ou moto. Esses gastos não são vitais como a comida ou a moradia, mas ajudam a manter a rotina funcionando sem estresse.
Imagine que você depende de um carro para ir ao trabalho. O combustível, o seguro e a manutenção são gastos necessários. Você poderia, em teoria, usar transporte público ou bicicleta, mas esses gastos tornam sua vida mais prática.
Outro exemplo: internet. Hoje em dia, estar conectado não é apenas lazer, mas também ferramenta de trabalho, estudo e comunicação. O pacote mais básico pode ser suficiente, mas um plano mais rápido ou com mais dados é um gasto necessário para facilitar sua rotina.
O ponto chave dos gastos necessários é que eles têm certa flexibilidade. Dá para ajustar, reduzir ou substituir sem comprometer o mínimo de conforto ou funcionalidade.
Gastos supérfluos: o que são e por que merecem atenção
Agora chegamos na categoria que muitas vezes dá dor de cabeça: os gastos supérfluos. Esses são os gastos que não são vitais, nem estritamente necessários, mas que trazem prazer, diversão ou status. Ou seja, você vive sem eles, mas a vida fica mais divertida com eles.
Exemplos típicos incluem aquele café gourmet que você compra todo dia, streaming extra de filmes, roupas da moda que você não precisa urgentemente, gadgets lançados recentemente e viagens de luxo.
Nada de errado em gastar com supérfluos, desde que você tenha uma boa base financeira. O problema é quando esses gastos começam a comprometer os essenciais e necessários. Já pensou gastar mais com cafés especiais do que com alimentação básica? Aí a conta não fecha.
Gastos supérfluos também são importantes para a saúde mental. Uma escapadinha no fim de semana, uma pizza especial ou um ingresso de cinema podem ser considerados investimentos no seu bem-estar, desde que planejados e equilibrados.
Por que categorizar seus gastos faz diferença
Separar seus gastos nessas três categorias pode parecer simples, mas o impacto é enorme. Primeiro, você consegue enxergar para onde seu dinheiro está indo. Muitas vezes, achamos que estamos gastando pouco, mas grande parte vai para itens supérfluos acumulados.
Segundo, ajuda a priorizar. Se o orçamento apertar, você sabe exatamente onde pode cortar sem comprometer o essencial: talvez reduzir compras supérfluas, adiar gastos necessários não urgentes, mas nunca cortar os gastos essenciais.
Ter essa organização também facilita a criação de metas financeiras. Por exemplo, se você quer juntar dinheiro para uma viagem, olhar para os supérfluos é o primeiro passo. Ajustando o consumo nesses itens, você consegue poupar sem grandes sacrifícios.
Além disso, essa prática traz liberdade. Quando você sabe que está cuidando dos essenciais, atendendo os necessários e controlando os supérfluos, sobra mais tranquilidade para aproveitar a vida sem culpa ou estresse.
Como identificar seus próprios gastos
Uma boa prática é anotar tudo que você gasta por um mês. Sim, cada café, cada Uber, cada pacote de biscoito. Depois, categorize em essencial, necessário e supérfluo.
Você vai se surpreender: aquele aplicativo que você paga “porque todo mundo usa” pode ser supérfluo, enquanto aquele investimento em transporte ou cursos que melhoram sua carreira é necessário.
Outro truque é se perguntar: “Se eu perder todo o meu dinheiro amanhã, eu realmente sentiria falta deste gasto?” Se a resposta for não, provavelmente é supérfluo.
Com essa visão clara, é mais fácil tomar decisões conscientes sobre ajustes de gastos. E lembra: gastar não é pecado. O segredo é gastar de forma inteligente.
Exemplos práticos de planejamento financeiro com essas categorias
Vamos colocar a teoria em prática com exemplos reais.
Imagine que sua renda mensal seja de R$ 5.000. Você pode dividir assim:
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Gastos essenciais: aluguel R$ 1.500, alimentação R$ 800, contas de água, luz e gás R$ 400, plano de saúde R$ 600 → total R$ 3.300.
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Gastos necessários: internet R$ 150, transporte R$ 400, manutenção do carro R$ 200 → total R$ 750.
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Gastos supérfluos: streaming R$ 50, lazer R$ 300, roupas de moda R$ 200 → total R$ 550.
Com esse planejamento, você tem uma visão clara do que pode cortar se precisar economizar, ou onde pode investir mais se quiser melhorar seu estilo de vida. Por exemplo, reduzir gastos supérfluos de R$ 550 para R$ 300 libera R$ 250 para poupança ou investimento sem prejudicar nada essencial.
Como equilibrar os três tipos de gastos
Equilibrar é a palavra-chave. Gastar demais nos supérfluos pode prejudicar sua saúde financeira, mas cortar demais do que é necessário pode tornar a vida estressante.
Uma regra prática: tente manter os essenciais cobertos, ajuste os necessários com inteligência e limite os supérfluos a um percentual do seu orçamento que não comprometa o restante. Muitas pessoas usam 50/30/20: 50% para essenciais, 30% para necessários e 20% para supérfluos ou poupança.
Outra estratégia é priorizar metas. Se você está economizando para viajar ou comprar algo importante, diminua os supérfluos temporariamente. Depois, volte ao padrão normal.
Benefícios de entender seus gastos
Quando você entende seus gastos, ganha clareza e liberdade. Alguns dos principais benefícios incluem:
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Controle financeiro: você sabe exatamente para onde o dinheiro está indo.
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Redução de dívidas: evita gastos desnecessários que comprometem seu orçamento.
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Planejamento de metas: facilita economizar para sonhos e projetos.
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Saúde mental: gastar com supérfluos de forma consciente reduz culpa e estresse.
Dicas para começar a categorizar seus gastos hoje
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Anote tudo: use aplicativos, planilhas ou até papel e caneta.
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Separe em categorias: essencial, necessário e supérfluo.
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Revise mensalmente: ajuste conforme mudanças na renda ou nas prioridades.
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Defina limites para supérfluos: estabeleça quanto você pode gastar sem comprometer os demais gastos.
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Use as economias: invista ou poupe o dinheiro que sobra de supérfluos.
Saber a diferença entre gastos essenciais, necessários e supérfluos é um superpoder financeiro. Isso ajuda a viver melhor, sem culpa, e garante que você cuide do que realmente importa. O segredo é equilibrar: manter os essenciais, ajustar os necessários e curtir os supérfluos de forma consciente.
Quando você faz isso, seu dinheiro deixa de ser um problema e passa a ser um aliado para realizar sonhos, curtir a vida e manter estabilidade financeira!
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