Trump e o PIX podem parecer nomes que nunca deveriam aparecer na mesma frase — o que tem a ver o presidente norte-americano e um sistema de pagamentos criado pelo Banco Central do Brasil?
Pois é. Mas cá estamos, em pleno 2025, estamos assistindo o bilionário Donald Trump alfinetando abertamente o nosso querido e prático PIX. E a pergunta que não quer calar é: o que o líder dos Estados Unidos tem contra um sistema que até criança já usou pra pagar o pão de queijo da padaria?
A seguir, vamos explicar essa treta “Trump e o PIX”, entender de onde veio essa briga surreal e, claro, refletir sobre o que há por trás de tudo isso. Confira!
O início da confusão: o que Trump falou, afinal?
Tudo começou quando Trump, durante um de seus discursos inflamados (como só ele sabe fazer), resolveu incluir o PIX como exemplo de “ameaça estrangeira” aos interesses dos Estados Unidos. Sim, isso mesmo: um sistema de pagamento brasileiro virou, nas palavras dele, “um perigo para a hegemonia financeira americana”.
Segundo o presidente americano, o PIX representa um avanço “radical” que pode inspirar outros países a abandonarem os modelos financeiros “seguros” e “tradicionais” — leia-se, dependentes das estruturas dominadas pelos EUA.
Trump ainda soltou uma pérola que virou meme em poucos minutos: “If Brazil can do that thing called Pix, what’s stopping Russia or China from doing it too?”
A fala virou trend no X (antigo Twitter), no TikTok e até nos grupos de WhatsApp da família. Teve de tudo: montagem com Trump tentando pagar um churrasco com TED, vídeo de dublagem dele “descobrindo” o PIX, e até piada dizendo que ele queria taxar quem usa chave aleatória.
Mas por trás da zoeira, a pergunta ainda ecoava: será que tem algo mais sério por trás disso?
Entendendo o PIX: o herói nacional dos pagamentos
Pra começo de conversa, vamos lembrar o que é o PIX. Criado em 2020 pelo Banco Central do Brasil, o sistema caiu nas graças da população rapidinho. Transferência em segundos, sem taxas, 24/7 — ou seja, funciona até no sábado à noite, quando você esqueceu de pagar o ingresso do rolê.
Antes do PIX, era tudo um drama: TED, DOC, boleto vencendo às 17h, e aquela ansiedade de esperar o dinheiro cair só no próximo dia útil. Com o PIX, até as vaquinhas entre amigos ficaram mais simples. “Me manda um PIX de 10 conto aí que eu te pago a coxinha!” virou frase comum.
E o mais importante: o PIX é gratuito pra pessoa física. E funciona até se você só tem o app do banco no celular e nem agência frequenta. Ou seja, é inclusão financeira na prática.
Mas por que Trump ligaria pra isso?
A pergunta do milhão. Afinal, por que diabos o presidente dos Estados Unidos estaria se preocupando com um sistema de pagamento do Brasil?
Aqui é onde a coisa fica interessante. Segundo analistas econômicos (e até alguns teóricos da conspiração), Trump vê o avanço de sistemas como o PIX como uma ameaça ao domínio global dos meios de pagamento controlados por empresas americanas, como Visa, Mastercard e PayPal. Esses gigantes ganham fortunas com taxas de transação — coisa que o PIX simplesmente ignora.
E mais: o modelo do PIX começa a inspirar outras nações. A Índia criou o UPI, o México lançou o CoDi, a China já tem o WeChat Pay e o Alipay — ou seja, a galera tá se virando e se libertando das taxas de cartão internacional e da burocracia bancária tradicional.
Trump, que sempre foi defensor ferrenho dos interesses econômicos dos EUA, pode estar vendo nesse avanço um exemplo do que ele chama de “enfraquecimento da economia americana em favor de nações emergentes”. Exagero? Talvez. Mas não se pode negar que o PIX virou referência.
O fator eleitoral: será que tem estratégia por trás?
Vamos lembrar: Trump precisa de um inimigo — real ou simbólico — pra fortalecer sua base política.
Já atacou a China, já atacou imigrantes, já atacou as urnas eletrônicas, e agora… atacou o PIX. Claro que não se trata apenas de um ataque ao Brasil, mas a um símbolo de inovação que foge do eixo norte-americano, algo que ameaça a narrativa do “America First”.
É quase como se ele dissesse: “Viu? Até o Brasil tá criando coisas melhores que a gente. Isso é culpa dos democratas!” O ataque ao PIX, portanto, entra no pacote político de sempre: manter a tensão, apontar culpados externos e evitar olhar pra dentro.
E o Brasil, como reagiu?
Aqui a reação foi no melhor estilo brasileiro: memes, ironias e muita criatividade. Internautas fizeram montagens de Trump com a logo do Nubank, disseram que ele tentou fazer um PIX e não sabia a diferença entre chave CPF e aleatória, e até criaram uma “campanha” fake do presidente americano, chamada “PIX is Evil 2025”.
Mas, no meio da zoeira, houve também gente séria defendendo o sistema. O próprio Banco Central soltou uma nota dizendo que o PIX é “uma inovação a serviço do cidadão brasileiro, reconhecida internacionalmente”, e vários economistas aproveitaram para ressaltar que o sistema é mais seguro, mais ágil e mais moderno que muitos dos métodos utilizados nos Estados Unidos atualmente.
Exemplo do mundo real: uma americana no Brasil descobre o PIX
Pra ilustrar o choque de culturas, vale contar a história de Amanda, uma turista americana que veio passar férias no Rio e ficou encantada com o PIX. Ela relatou no TikTok que no primeiro dia pediu comida pelo app, e o entregador mandou um QR Code pra pagamento.
“Achei que era golpe, mas não: era real. Fiz a transferência, o cara confirmou na hora, e foi isso. Sem cartão, sem maquininha, sem pagar 3% de taxa. Gente, por que a gente não tem isso nos EUA?”, questionou.
O vídeo viralizou. E esse tipo de relato só reforça a percepção de que o sistema brasileiro está à frente — e isso, para Trump, pode soar como uma afronta.
E o futuro do PIX? Vai continuar incomodando?
Com certeza. O PIX está longe de ser apenas uma “modinha brasileira”. Ele já evoluiu para incluir o PIX Saque, o PIX Troco, e vem aí o PIX Garantido, que deve permitir compras parceladas. Tudo isso dentro do mesmo sistema gratuito e acessível.
Além disso, o PIX já virou referência mundial, e o Brasil vem sendo chamado para apresentar o modelo em eventos internacionais. Não à toa, o sistema incomoda — inclusive os gigantes financeiros globais.
A discussão iniciada por Trump pode, na verdade, colocar ainda mais holofotes sobre o sucesso do PIX. E isso, sejamos sinceros, não é nada mal.
Afinal, Trump está realmente contra o PIX?
É difícil saber se Trump realmente entende o que é o PIX — talvez ele só tenha ouvido falar em algum relatório e resolveu colocar na mira. Mas, independentemente da intenção, o que ele acabou fazendo foi dar ainda mais visibilidade para o sistema.
No fim das contas, a crítica virou propaganda. O PIX saiu maior do que entrou nessa história. E o brasileiro, claro, não perdeu a piada.
Deixa o PIX em paz, Trump!
No Brasil, a gente já aprendeu a lidar com muita coisa: inflação, fila no SUS, eleição apertada e até aquele boleto que vence justo no dia do churrasco. Mas mexer com o PIX? Aí já é pedir demais.
Brincadeiras à parte, o episódio mostra como uma inovação genuinamente brasileira está ganhando destaque (e incomodando) no mundo todo. E se isso faz Trump perder o sono, talvez estejamos mesmo no caminho certo!
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